Quando confronta com Cristo o seu passado, as suas convicções e as suas crenças, o que sonhou e o que fez, Paulo considera tudo como lixo e inútil. Mais, está disposto a participar nos sofrimentos de Cristo e a identificar-se totalmente com Ele.
O conhecimento de Cristo e do seu Evangelho marcam um novo nascimento para Paulo (o começo de um novo tempo e de uma nova vida. Cristo passa a fazer parte do seu viver, passa a viver nele). Paulo chega a afirmar: “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”.
Assim, não admira que aquele que, antes, era um faná-tico perseguidor dos cristãos passe a ser o mais entusiasta, convincente e corajoso apóstolo de Jesus. Na verdade, Paulo vive como servo de Cristo, totalmente dedicado ao anúncio do Evangelho. Anuncia o Evangelho que vive, dando a conhecer Cristo que vive nele. Deste modo, Paulo espera chegar ao fim do caminho, atingir a meta e receber o prémio que Deus dá aos que seguem Jesus e lhe são fiéis.
Como pecadores que somos, sem que ninguém nos leve e nos acuse, devemos comparecer, livremente e com confiança, diante de Jesus, implorando e acolhendo a graça do seu perdão.
Jesus:
- não vai fixar-se nos nossos pecados, mas vai olhar, sobretudo, para o nosso coração;
- não vai prestar atenção ao que os outros dizem de nós ou contra nós, mas vai querer ouvir o nosso silêncio interior;
- o que mais lhe interessa não é ouvir da nossa boca a enumeração das nossas faltas mas ver e ter a certeza do nosso arrependimento;
- não vai memorizar o nosso passado mas, antes, garantir-nos um futuro diferente.
Para que o encontro com Jesus aconteça e seja salvífico para nós, é indispensável reconhecer os nossos pecados. E pecado é:
- antes de mais, não conhecer, por comodismo e desinteresse, Jesus Cristo e o seu Evangelho;
- não vibrar diante da ressurreição de Cristo e não aspirar às coisas do Alto;
- não investir a nossa vida e os nossos talento na construção de um mundo segundo os valores das Bem-aventuranças;
- não aceitar Jesus como o Caminho da vida e não ter como meta a eternidade de Deus.
Estes são pecados que nós não confessamos, mas são estes que estão na origem de todos os outros. Por conseguinte, devemos apresentar-nos diante de Jesus não apenas para lhe implorar, de modo rotineiro e descomprometido, o perdão pelos nossos pensamentos, palavras e actos incorrectos e injustos. Devemos também estar dispostos a escutar Jesus para O conhecermos melhor e a aceitar ser seduzidos, iluminados e conduzidos por Ele.
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