Os cristãos – católicos e protestantes – reconhecem que a santidade começa com a graça, o dom, de Deus; sabem que são felizes aqueles que, acolhendo o dom de Deus com generosidade, dão frutos de vida.
Dito isto, o protestantismo acha que todo o tempo é pouco para falar de Jesus Cristo, e os santos podem ser deixados na sombra. A Igreja Católica entendeu desde o princípio que honrar os santos e honrar o próprio Deus.
Gosta, sobretudo, de honrar Maria, que o anjo da Anunciação saudou como a “cheia da graça”; aquela que deu a luz o Filho de Deus e o acompanhou até à tarde da cruz; e que, nessa tarde, Jesus designou como Mãe de todos os homens.
Da vida de Maria, nós sabemos muito pouco: os Evangelhos Canónicos falam da Anunciação e da Visitação, da perplexidade e do esclarecimento de S. José, do Natal e da Apresentação do Menino, da sua “fuga “ para o Templo quando tinha 12 anos, das bodas de Caná, de umas palavras trocadas entre Jesus e a multidão, da sua presença junto a cruz. Desde muito cedo, a devoção popular imaginou que Maria tinha sido confiada a guarda do Templo desde a morte de seus pais e aí permanecera até ao casamento com S. José. Mais tarde, a Ladainha de Nossa Senhora exprimiu de maneira sóbria e lapidar o que a Tradição cristã conserva de importante a seu respeito.
Neste mundo, em que cresce dia a dia a ideia de que cada um é é dono e senhor de fazer tudo aquilo que lhe apetece, tem sentido recordar que Maria é a Imaculada, fiel a Deus desde o princípio até ao fim.
Tem sentido pedirmos que Ela alcance para cada um de nós o dom de Deus. Crescermos na fé e na oração. Sermos libertos dos nossos pecados. Entendermos as angústias de quem sofre e ajudarmos quanto esteja na mossa mão.
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Festa da Padroeira
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