sábado, maio 31, 2008

Bento XVI: O Magnificat é a interpertação mais verdadeira e profunda da História



No final do mês mariano: reconhecer, como Maria, que a grandeza de Deus liberta o homem do medo.
“O Magnificat de Maria, à distância de séculos e milénios, permanece a interpretação mais verdadeira e profunda da História, enquanto que as leituras de tantos sábios deste mundo são desmentidas no decorrer dos séculos”.

Neste cântico “existe uma autentica e profunda leitura ‘teológica’ da História, a fé de Maria “fê-la ver que os tronos dos poderosos deste mundo são todos provisórios, enquanto que o trono de Deus é a única rocha que não muda nem cai.”

Maria reconhece a grandeza de Deus. Este é o primeiro sentimento indispensável dá fé; o sentimento que dá segurança a criatura humana e que a liberta do medo, mesmo no meio das tempestades da história.

sexta-feira, maio 30, 2008

Sacerdotes, segundo o coração de Deus e seguindo o modelo de Cristo, Bom Pastor

Oração pela santificação dos sacerdotes
A Congregação do Clero – o organismo da Santa Sé que tem a seu cuidado os sacerdotes e os diáconos de todo o mundo – alerta para a necessidade e urgência de que em toda a Igreja se reze pela santificação dos sacerdotes. Na verdade, da santidade dos sacerdotes e da sua fidelidade a Cristo dependem a renovação da própria Igreja e o crescimento do Reino de Deus no mundo dos homens.

O sacerdote não é (e os cristãos devem estar conscientes disso) um mero funcionário ou empregado da religião.
A sua missão não se limita ao ensino de um conjunto de verdades ou doutrinas religiosas e à realização de alguns actos de culto ou celebrações litúrgicas.
O sacerdote é, não pode deixar de o ser, um homem de Deus. Um homem chamado por Deus para fazer chegar aos homens a sua verdade e o seu amor. Ele é o administrador dos mistérios de Deus.
Por isso mesmo, o sacerdote é – seria um absurdo que o não fosse, um homem de fé e de oração.
  • Ele é - deve ser - um homem que acredita no que ensina e vive o que ensina.
  • Ele é – é seu dever ser - um homem que se distingue pelo modo como vive no mundo:
  • o modo como encara o poder e a riqueza,
  • o modo como se relaciona com as pessoas e aborda as questões sociais;
  • distingue-se pelas suas convicções e pelos seus ideais, pela sua coerência de vida e pela sua esperança.

Para ser tudo isto – e isto faz parte da sua missão – o sacerdote precisa de rezar muito e que muitos rezem por ele.

Na carta dirigida aos sacerdotes, a Congregação do Clero lembra-lhes “a prioridade da oração em relação à acção, porque dela depende a eficácia da acção”. Se o sacerdote não reza, se não fala com Deus, se não medita e não interioriza a sua palavra, como pode falar de Deus aos homens? Como poderá ser credível e eficaz a sua acção pastoral?
Apesar das inúmeras solicitações, o sacerdote, na hora de gerir o seu tempo e elaborar o seu programa, deve ter a lucidez e o discernimento para reservar e dedicar o tempo necessário à oração, evitando a tentação de cair num activismo cansativo e estéril.
O sacerdote prejudica mais os seus paroquianos deixando de rezar do que se omitir algumas acções pastorais. Só com uma vida espiritual intensa, o sacerdote pode ser missionário convicto e convincente do amor de Deus junto dos homens.

Depois, a mesma carta da Congregação do Clero fala da necessidade e da importância da oração, sobretudo a Adoração Eucarística, por parte dos fiéis, em favor dos sacerdotes, para que eles sirvam cada vez melhor Jesus e os irmãos.
De um modo geral, as pessoas são muito exigentes em relação aos sacerdotes:

  • querem que estejam sempre disponíveis para as atender e que lhes façam o que eles querem e como lhes agrada ou convém.
  • Além disso, são pouco compreensíveis no que se refere às suas limitações humanas. Por vezes, até às suas limitações no campo da saúde.
  • Mais ainda, são particularmente impiedosas nos juízos de valor que fazem sobre eles, sobre os seus comportamentos e acção pastoral.

Mas quem tem consciência da verdadeira missão do sacerdote? Quem sente a comunidade cristã paroquial como sua família e o sacerdote como membro/pai desta família? Quem chama com verdade padre (pai) ao seu pároco? Quem se preocupa em dar-lhe apoio humano e espiritual? Quem pensa e considera como seu dever rezar regularmente pelos sacerdotes, de modo especial pelo seu Pastor?
Se não fazemos a nossa parte, não podemos esperar, muito menos exigir, melhores padres.

A renovação da Igreja, a renovação que é urgente empreender há-de começar pela renovação dos sacerdotes. E a renovação dos sacerdotes passa precisamente pela sua santificação!
Há que rezar, com confiança e com perseverança, pelos sacerdotes para que o sejam segundo o coração de Deus, seguindo o modelo de Cristo, Bom Pastor.

quinta-feira, maio 22, 2008

As vantagens de participar na Eucaristia

A Eucaristia é a mais importante celebração comunitária da nossa fé. “Visto que há um só pão, nós, embora sejamos muitos, formamos um só Corpo”. Jesus deixou-nos a Eucaristia para nos ajudar a construir e a viver a íntima comunhão com Deus e com os irmãos.

Hoje, muitos baptizados (a maior parte dos baptizados) dispensam a EUCARISTIA por qualquer motivo ou simplesmente porque a Eucaristia já não lhes diz nada.
Não sentem a Eucaristia como o encontro privilegiado com Cristo. Pior ainda, Jesus Cristo conta pouco para as suas vidas, não têm tempo para Ele ou consideram mesmo perda de tempo rezar e participar nas celebrações litúrgicas.
Muitos cristãos ainda não conhecem bem Jesus, ainda não entraram na intimidade da sua vida, ainda não experimentaram a força transformadora da sua Verdade e do seu Amor. Esses ainda não se deixaram seduzir por Ele, ainda não lhe deram a oportunidade de se manifestar nas suas vidas.
Arranjemos tempo e, acima de tudo coragem,
para enfrentarmos as questões fundamentais da vida;
Olhemos para Jesus,
Escutemos as suas palavras;
Contemplemos a sua vida;
Consideremos a proposta que Ele nos faz,
o caminho da vida que nos aponta, a meta a que nos chama;
Abramos o nosso coração e a nossa mente
á sua Verdade e ao seu Amor;
Deixemos que Ele nos desperte para a nossa dimensão espiritual
e para a nossa vocação à eternidade.
  • Então, descobriremos como Ele é importante para nós e como nós temos necessidade dele e como só temos a lucrar se o acolhermos na nossa vida e nos deixarmos conduzir por Ele.
  • Então sentiremos vontade e falta de nos encontrarmos com Ele na Eucaristia.
  • Então não nos faltará o tempo (nem precisaremos de arranjar grandes desculpas). Pelo contrário acorreremos até à Eucaristia para nos alimentarmos do Senhor da Vida, do Pão que dá a Vida Eterna.

segunda-feira, maio 19, 2008

Nós n'Ele. Ele em nós (Jo 6, 56)

Corpo de Deus. Nós n’Ele. Ele em nós (Jo 6, 56).

Celebramos o «Mistério da Fé», o Sacramento da Eucaristia. Recordamos a instituição dela, na Quinta-Feira Santa, como memorial da Paixão e Morte do Senhor.
Jesus, Verbo de Deus, que nos alimenta com a Palavra, também nos dá a comer e a beber o seu próprio corpo e o seu próprio sangue. Comemos o Pão eucarístico, e somos transformados n’Aquele que vem a nós.
Foi uma prenda de Jesus, ao despedir-Se dos seus. Uma «invenção» de última hora, inspirada na saudade do Amor. Invisível aos olhos, tornou-Se palpável no novo maná que nos mata a fome – como viático que é –, no caminhar de peregrinos para a Terra Prometida. Esta nossa condição de «povo em marcha para a casa do Pai» é representada, hoje, ao vivo, pela procissão eucarística, em tantas localidades do mundo, testemunhando, em público, a fé comum em que Jesus caminha connosco pelas estradas do mundo. É Ele a água viva que nos extingue a sede, o Pão da vida, que, igual para todos, faz de todos um só corpo. «Aquele que Me come, viverá por Mim» (Jo 6, 57). Deus Filho, nascido de Maria, é, na Eucaristia, Corpo de Deus (linda designação portuguesa da Festa que celebramos), para a salvação do mundo.

Recordar, agradecer, viver unidos.
Pão e vinho constituem a matéria do Sacramento da Eucaristia.
Simbolizam e recordam a Paixão e Morte do Senhor,
numa doação de amor levada até ao extremo.
Muitos grãos, moídos, estão na origem do pão.
Muitos bagos de uva, espremidos, produzem o vinho.
Somos um corpo formado de muitos membros, mas todos alimentados do mesmo Senhor.
Como compreender, permitir, aceitar as nossas divisões e contendas?
Ir a Ele, comungar, é caminho e é força de unidade.
Eucaristia significa «acção de graças».
Vamos transformar as nossas celebrações em momentos de agradecimento, de reconhecimento daquilo que devemos a Deus (e que temos nós, que não tenhamos recebido?), de Lhe dizermos «muito obrigado!». Que esquecida, esta dimensão do Sacramento! Não esqueçamos também que Ele está nos inúmeros sacrários do mundo, aguardando a nossa visita. Entremos e estejamos, por pouco tempo que seja, com quem quis ficar para sempre connosco.
Fonte: Boa Nova para cada dia

domingo, maio 11, 2008

sexta-feira, maio 09, 2008

Deus manifesta toda a sua bondade e todo o seu amor na mãe e no pai que nos dá.

“Acreditas nisto?” Acreditas que “Eu sou a ressurreição e a vida”?
Esta é a pergunta que Jesus dirige a Marta, que acaba de perder o seu irmão Lázaro.
Antes, Marta tinha censurado Jesus por não ter chegado antes e evitado a morte do irmão: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido”. Apesar disso, e embora sentido profundamente a morte do irmão, Marta faz a sua profissão de fé em Jesus: “eu creio que Tu és o Messias, o filho de Deus que havia de vir ao mundo”.

A morte levanta muitas interrogações a que a simples lógica humana não consegue responder. Desde uma perspectiva meramente humana (terrena), ninguém devia morrer, muito menos aqueles que mais amamos. No entanto, à luz da fé em Deus é possível entender o mistério da vida e da morte. A Palavra de Deus revela-nos o sentido último da vida e em Jesus encontramos o sentido último da morte.
Jesus morreu, precisamente para que a morte não signifique o termo da vida do homem, não seja um voltar ao nada. Pelo contrário, seja a passagem para a outra margem da vida, onde o homem pode ver a Deus face a face e gozar da plenitude da sua vida e do seu amor. Cristo morreu a fim de garantir ao homem a vida para além da morte, uma vida que se prolonga na eternidade de Deus.

Com S. Paulo, “nós acreditamos que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos há-de ressuscitar com Jesus e nos levará para junto dele”. E também sabemos, embora nem sempre o tenhamos presente e o levemos a sério, que se “esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita recebemos nos céus uma habitação eterna”. São estas certezas, que, embora não evitando a tristeza, suavizam a nossa dor e nos impelem a continuar a viver com esperança.
  • A fé em Cristo ajuda o homem a descobrir e a aceitar a morte como uma etapa necessária para chegar à pátria que está nos céus, “à habitação eterna construída por Deus e não pelos homens”. Porque acreditamos na pátria que está no céu, diante do pensamento da morte daqueles que partem antes de nós, não perdemos a esperança nem deixamos de sonhar com a pátria do futuro.
  • Graças à fé, quando experimentamos a realidade da morte na morte daqueles que nos são queridos, em especial dos nossos familiares e mesmo da nossa mãe, não perdemos a vontade de viver nem o sentido da vida. Mesmo nessas circunstâncias, não cedemos à tentação de olhar para trás ou de nos prendermos ao passado e às suas recordações. Pelo contrário, continuamos a olhar para o alto, a caminhar em frente, a sonhar o futuro.

Em relação àqueles que partem antes de nós, sentimos necessidade de lhes continuar a exprimir o nosso afecto e a nossa amizade, através da oração, do diálogo interior…, pois eles estão vivos em nós e nós continuamos em comunhão com eles. E aqueles que partem o que mais desejam aos que ficam é que continuem a viver com esperança e com alegria. Eles estão à nossa espera enquanto nós, à luz da fé, sabemos que caminhamos ao seu encontro!

“Acreditas nisto?”
Hoje, sinto que é a mim que Jesus interpela com esta pergunta. Nesta hora da morte da minha mãe, Jesus quer saber se eu acredito, bem no fundo do meu coração, que Ele é “a Ressurreição e a Vida” dos homens, “a Ressurreição e a Vida” da minha mãe.
Consciente de que a própria fé é um dom de Deus, eu professo, neste momento: Acredito, Senhor, que Tu és a vida eterna da minha mãe e que ela vive em Deus para sempre!
  • A mãe, a nossa mãe, é o bem mais sagrado e precioso que recebemos de Deus.
  • Deus manifesta toda a sua bondade e todo o seu amor para connosco na mãe (e no pai) que nos dá.

  • E, depois de nos dar tantos bens por meio dela, é o próprio Deus, e não nós, que a recompensa generosamente.
E, assim, nós podemos ficar tranquilos e em paz porque temos a certeza que ela se encontra bem, no lugar que ela merece: no coração de Deus.

Queria deixar aqui o meu muito OBRIGADO a todos os paroquianos do Baraçal que, neste momento de dor e sofrimento, mas também de esperança na vida eterna, se associaram a mim e à minha família com as suas orações, com a sua presença e com todas as palavras amigas que me (nos) transmitiram.

domingo, maio 04, 2008

"Como é bom poder olhar para a nossa mãe e poder senti-la como o bem mais sagrado e mais precioso que se têm"

DIA DA MÃE.

Haverá alguém que precise deste dia para se lembrar da sua mãe, para a rodear de afecto, para lhe manifestar o seu amor, para lhe testemunhar a sua gratidão?!


Ela é como um espelho perfeito:
  • da bondade e do amor misericordioso de Deus Pai;
  • do amor oblativo, da entrega radical do seu Filho;
  • da comunhão, do amor confiante de Deus Espirito Santo.
A Mãe é, na terra, a imagem mais fiel de Deus, do Deus que ama sem limites, do Deus que dá a vida por amor, do Deus que reune e congrega a humanidade. Na mãe, nós descobrimos vemos e sentimos Deus tão extraordinárimanet simples e acessível, tão realmente presente, tão admiravelmente amigo!
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Como não lamentar a sorte daquelas mães que NÃO têm os filhos que elas merecem, pelo que foram e pelo que fizeram por eles?! Quantos filhos esquecem as mães enquanto vivem e, depois de mortas, colocam flores na sepulturas e mandam celebrar missas por elas! E muitos nem isso! A sociedade que tem posto tanto empenho em destruir a familia, fragiliza as mães a sua vida e a sua missão!
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Hoje, também há muitos filhos que não têm as mães que precisam e merecem. Podem ser mães que trabalham muito e até fazem sacrificios para dar muitas coisas e bem estar aos filhos, mas faltam-lhes os horizontes de fé, a consistência dos valores espirituais, a autoridade moral, as convicções e os ideiais de vida. Mães que não estão em condições de ajudar os filhos a crescer na graça diante de Deus e dos homens.