sábado, janeiro 28, 2006

Ainda há lepra em Portugal (cerca de 1000 leprosos)

A lepra é uma doença muito antiga e a sua expansão deve-se às conquistas, cruzadas e colonizações entre diferentes continentes e países; é uma doença bacteriana crónica da pele, dos nervos das mãos e dos pés e das membranas do nariz. O doutor norueguês Armauer Hansen descobriu em 1876 o bacilo responsável da lepra: o Mycobacterium Laprae.
Qualquer pessoa pode contrair a doença, mas não se contagia tão facilmente como se pensava anteriormente. Os sintomas podem aparecer depois de passados vários anos da infecção, já que o período de incubação da doença é muito grande (de 2 a 7 anos); um dos primeiros sintomas é a insensibilidade à dor. As zonas insensíveis adquirem uma cor diferente à do resto da pele. Aparecem frequentemente paralisias musculares e fragilidade nos ossos, especialmente nos dedos das mãos e dos pés. Outro dos sintomas, mais tardio, é a distorção facial, a que se designa “cara leonina”.
A lepra continua a afectar muita gente e permanece como sinónimo de segregação social. Em Portugal, existem ainda cerca de 1000 leprosos. O seu tratamento, à base de antibióticos específicos, implica mais que uma droga durante um tempo muito prolongado, que vai desde meses a anos.
O tratamento de um leproso na fase inicial é de € 25... Neste dia Mundial dos Leprosos vamos contribuir na luta contra esta terrível doença e demonstrar que solidariedade social é todo o ano...
Visite o site da APARF (www.aparf.pt), e veja por si o que esta doença pode causar e qual a melhor forma de poder ser solidário com os leprosos.

sábado, janeiro 21, 2006

OLHA PARA MIM, SENHOR

Senhor, quando olhas para mim, sinto-me convocado a ser melhor, quando olhas para mim, o meu coração torna-se perdão, a minha memória esquece os rancores e os mal-entendidos, a minha preguiça transforma-se em sonho e acção.
Senhor, quando olhas para mim, a minha alma endireita-se, parece que aos meus sonhos crescem asas, sinto que me libertas de todas as amarras e preciso de menos para viver melhor.
Senhor, quando olhas para mim, a minha vida dá a volta, tudo recupera o sentido e as horas parecem curtas, todas as pessoas, perto ou longe, se tornam minhas irmãs, e sinto paz e sossego no meu coração.
Quando olhas para mim, resgatas-me da mediocridade, indicas-me claramente o caminho a tomar, sugeres-me o que devo rejeitar e transformas-me em instrumento da igualdade.
Quando olhas para mim,
tornas-me comunicativo,
fazes-me esquecer a timidez e o medo,
impeles-me a ir ao encontro do outro
e fazes-me confidenciar e viver na amizade.

Quando olhas para mim, Senhor, a minha vida faz-se festa, porque Tu me fazes vencer todas as misérias: a solidão, a doença, o desamor, o stress e a insegurança, pois puxas sempre pelo melhor que há em mim, para que seja, junto a Ti, uma dádiva para todos.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Bispo da Guarda espera pelo «sim» de Cister

Aguardo, a todo o momento, que os Monges de Cister nos digam que escolheram o local na diocese da Guarda para iniciar o seu ministério” – confessou à Agência ECCLESIA D. Manuel Felício, bispo da Guarda, a propósito da possível vinda dos monges brancos para aquele território eclesial. E acrescenta: “todos os dias rezo para que Deus nos mande os Monges de Cister”.
O ideal para fundar um mosteiro é um grupo de doze mas, se no início, “vierem apenas três ou quatro elementos “será um grande bem para a nossa diocese” – referiu o prelado da diocese mais alta do país. Os contactos feitos com a Comunidade do Sobrado (Galiza) “estão cheios da melhor esperança” mas ainda “não há sítio escolhido. A diocese é muito rica em termos de lugar e de casas”.
A cidade da Guarda está fora de questão porque existe aquele aforismo antigo: «os beneditinos gostam dos montes, os cistercienses dos vales, os jesuítas da cidade e os Franciscanos das aldeias». Como são monges de Cister a “sua clausura é a quinta” – disse o con. Eugénio Cunha Sério.
No verão passado, um grupo de monges de Cister estiveram na diocese durante uma semana e dialogaram com os sacerdotes, religiosos e leigos da diocese. “O facto de estarmos aqui significa que há uma grande inquietude entre os portugueses sobre a vida monástica” - referiu Jaime Lamas, monge cisterciense, durante aquela visita. Para este monge do Mosteiro do Sobrado, a visita foi vista como o início de uma caminhada. “Estamos a começar a dar alguns passos, mas temos de admitir que se trata de um processo lento, mas temos esperança de que um dia avance” - explicou Jaime Lamas.
Recentemente, o Pe. José Luis Farinha, do presbitério da Guarda, foi para os Monges de Cister. “Não queremos usá-lo como moeda de troca mas facilita os nossos contactos” – admitiu D. Manuel Felício. Para além de ser “um serviço” à diocese da Guarda, a vinda será “o retomar do maravilhoso serviço que os monges de Cister prestaram à história de Portugal”.
Fonte: Ecclesia

domingo, janeiro 15, 2006

Movimentos dos registos Paroquiais

Tempo de organizar os Extractos Anuais da Paróquia
Deixo os Movimentos Paroquiais registados nestes últimos cinco anos.

2001 - 05 Baptismos; 02 Casamentos; 06 Óbitos
2002 - 03 Baptismos; 01 Casamentos; 07 Óbitos.
2003 - 06 Baptismos; 01 Casamentos; 03 Óbitos.
2004 - 04 Baptismos; 00 Casamentos; 05 Óbitos.
2005 - 02 Baptismos; 01 Casamentos; 04 Óbitos.

sábado, janeiro 14, 2006

Dar mais vitalidade às comunidades Bispo da Guarda vai ao encontro dos leigos

Com o objectivo de dar cada vez mais vitalidade às comunidades de fé e paroquiais, D. Manuel Felício, bispo da Guarda, irá fazer encontros com os leigos da sua diocese por zona pastoral.

Programa dos encontros
14h30- Recepção
1 5H00 – Conferência, seguida de diálogo sobre os ministérios necessários nas nossas paróquias (os que já existem e os que é preciso criar ou dinamizar mais).
16H00 - Eleição de dois delegados ao Conselho Pastoral Diocesano, em formação.
16H30 - Celebração da Eucaristia presidida pelo Bispo da Diocese.
Encontro:
Dia 11 de Fevereiro- Para a Zona Ocidental (arciprestados de Seia, Gouveia e Celorico da Beira): Na Casa Rainha do Mundo, em Gouveia.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

UM ANO DEPOIS... “A prioridade é criar unidades pastorais”

D. Manuel da Rocha Felício entrou na Diocese da Guarda, como Bispo Coadjutor, a 16 de Janeiro, de 2005. Após a renúncia de D. António dos Santos, no início de Dezembro, assumiu, por inteiro, os destinos pastorais da Diocese da Guarda. A poucos dias de se completar um ano sobre a data da sua entrada solene na Diocese, faz um balanço das actividades realizadas. Para além do aspecto pastoral, o novo Bispo não esquece os problemas com que se debate esta região do País.
A Guarda: Qual o balanço geral que faz de um ano à frente da Diocese da Guarda?
D. Manuel Felício: Um balanço muito positivo. Muito positivo no acolhimento que encontrei da parte de todas as pessoas, a começar pelos sacerdotes de todo o presbitério, pelos movimentos e serviços, pelas próprias paróquias que tive já a oportunidade de visitar e foram algumas, embora, não tantas como eu desejava. Encontrei um grande espírito de acolhimento ao ministério do Bispo, mesmo uma certa devoção pelo ministério do Bispo que pode ser um bom ponto de partido para um serviço de qualidade a estas comunidades. Em geral, são estes sentimentos de bem acolhido, que eu sinto e quero aqui exprimir.
A Guarda: Por aquilo que já constatou, como é que define a Diocese da Guarda?
D. Manuel Felício: Defino-a como uma Diocese com uma história muito forte de vocação missionária, com um grande desejo de enviar os seus membros até para fora do seu território, para outras congregações, para outras dioceses e até para o mundo. (...)
Depois, defino-a como uma Diocese com um aprofundamento espiritual, com tradições muito fortes de retiros, de Lausperene, de uma boa ligação a pessoas que a marcaram profundamente. Lembro, por exemplo, o Senhor D. João Oliveira Matos, cujo processo de Beatificação e Canonização está em curso.
(...)
A Guarda: Vai avançar com a reestruturação das paróquias? Está ou não previsto o desaparecimento de algumas delas?
D. Manuel Felício: A reestruturação das paróquias já está a ser feita. Mas uma reestruturação das paróquias não significa tirar formalmente a categoria de paróquia a qualquer uma das que existem. Isto não é pensável. Agora, é verdade que nós desenvolvemos uma reflexão sobre os serviços essenciais que tem de ter uma paróquia, para ser verdadeiramente paróquia. Há paróquias que não podem ter todos os serviços essenciais. Não lhe vamos tirar o título de paróquia, por isso, mas vamos-lhe pedir que, progressivamente ganhem o sentido de pertencerem a um espaço pastoral mais alargado.
Nós, hoje, estamos cada vez mais a falar em unidades pastorais que envolvem a relativização das paróquias e também envolvem a conjugação do serviço do ministério sacerdotal com outros serviços, nomeadamente de leigos. Por este caminho, queremos caminhar e abrir uma outra perspectiva que eu gostaria de desenvolver muito, na nossa Diocese.
(...)
A Guarda: Como vê o encerramento das escolas primárias, um pouco, por toda a Diocese?
D. Manuel Felício: É uma situação muito preocupante. A minha preocupação, antes de estar no fecho das escolas, está na não existência de crianças. Queria insistir aqui, nesse ponto: o nosso problema não é fecharem as escolas, o nosso grande problema é não termos crianças. Por exemplo, estive, há dias, numa paróquia e perguntei quantas crianças havia e responderam-me que havia duas.A minha preocupação não foi a escola, a minha preocupação foi essa terra só ter duas crianças. Quando faltam crianças numa terra ou numa família, nós começamos a ver o futuro em perigo. E, sem dúvida, o perigo é grande. Se não há inversão de marcha ou de rumo, é mesmo o fim. Eu espero que haja uma mudança de sentido e que a natalidade volte a ir para os índices de que nós precisamos. Quanto mais não seja só para repor a população nos índices devidos.
A entrevista na integra: